Maria Keil (1914-2012)
"Menina, não é com a espátula que se pinta. É com o pincel", disse-lhe um dia Abel Manta. Mas Maria Keil não sabia fazer de outra maneira. Nem queria. Perfil de uma artista invulgar a quem pagaram como operária. Publicado originalmente na revista Pública, a 15 de Julho de 2007 .
Ilustrou, pintou, escreveu, desenhou ...
Parceira de autoria desde cedo com Matilde Rosa Araújo, considera que ilustrar livros para crianças não tem segredo: "Ilustrar para as crianças era fazer conforme o que estava escrito. Para que é que nós ilustramos as coisas? É para ilustrar o que está escrito. Não tem segredo nenhum, nem procura nenhuma, fazia o que tinha de fazer."
Da ilustração de livros para a infância, aos painéis de azulejo (estações de metro de Areeiro, Picoas, Palhavã, Intendente, Entrecampos, Campo Pequeno, Rotunda, Rossio, Parque, painel da Av. Infante Santo), à escrita, ao desenho de móveis e aos anúncios publicitários, Maria Keil tem um leque muito alargado de formas de expressão.
Mas diz que se tornou artista plástica porque "calhou".
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Livro "Amor de mais" - texto e ilustração de Maria Keil